A decisão está tomada, e nem me arrependerei muito. Vou dar o meu braço direito. Porque, não digo. A falta que me fará? Não muita. Abraçar pode-se abraçar com um só braço, se com força. E abraça-se muito bem com os olhos. Sou canhoto de nascimento, e o meu escrever contrariado é basicamente ilegível. Se bem treinado poderei transformar a minha letra esquerda, que sempre mantive, de escassa e imberbe em algo que se veja. Parece-me um bom negócio, e estamos em tempos de não ceder espaço ao que não é essencial: o meu braço direito.
Não te esqueças, usa-o bem. Ou então vende-o. Sei que conseguirás por ele um bom preço.
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