Portanto iremos migrar para um novo blog, até porque, depois da depredação feita às minhas árvores protectoras eu sou, e fácilmente, visto da VCI, assim queiram.
Meus senhores e minhas senhoras, foi gira a viagem.
sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Quarta-feira, de manhã.
Toda esta lua cheia que eu acabo de admirar, é a mesma de ontem à noite? Noite iluminada... Então há mesmo coisas que permanecem, coisas que estão, e coisas que, apagando-se no horizonte de um dia, sabemos, voltarão.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Domingo.
Aconteceu a tardia manhã, fez-se cinzenta a tarde, e agora é de noite.
Em paz estive, e dela não saí, apesar dos múltiplos apelos, das apontadas soluções.
E tudo porque estive em boa companhia.
Em paz estive, e dela não saí, apesar dos múltiplos apelos, das apontadas soluções.
E tudo porque estive em boa companhia.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Body? I have no body... I have no body at all!...
É impossível na língua portuguesa em que nos movemos encontrar uma expressão que não se divida e caminhe para dois lados ao mesmo tempo. Tal a expressão "não mexer"... que pode querer dizer "estar quieto" e também "não tocar"...
Podemos portanto dizer que eu não mexo por duas bandas...
Tocar, toca...
Podemos então apor a esta minha pequena casa o nome de "A toca do lobo", a "longa" toca de um lobo que só desperta enquanto animal feroz de dez em dez anos, e que nos intervalos sorri, o sorriso tratado numa amiga dentista, e vai dizendo: "Lobo? Eu? Je? Moi?"
Não, a verdade é que não sou animal predador de médio porte nenhum...
Podemos portanto dizer que eu não mexo por duas bandas...
Tocar, toca...
Podemos então apor a esta minha pequena casa o nome de "A toca do lobo", a "longa" toca de um lobo que só desperta enquanto animal feroz de dez em dez anos, e que nos intervalos sorri, o sorriso tratado numa amiga dentista, e vai dizendo: "Lobo? Eu? Je? Moi?"
Não, a verdade é que não sou animal predador de médio porte nenhum...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Agora já me consegues ver da VCI...
Podaram as duas árvores que me defendiam da VCI. Não podaram, mutilaram irremediavelmente as duas árvores que me defendiam da VCI. Vejo e sou visto como antes não. Tudo é mais claro, transparente. Combinou-se o Natal, falta a passsagem de ano, o dito Ano Novo.
Moro agora bem mais do que antes in a room with a view. Progride-se ao nível da transparência para o exterior, o que me parece inevitável. E para dentro?
Confundem-se/me os verbos. Oque eu quero, o que eu desejo, o que eu preciso.Sei que ontem não dancei porque não tinha com quem dançar. Isto eu sei. Sei pouco mais.
Navego portanto à vista, a que me começa, um pouquinho, a estar em falta. Rejeito o longo prazo. Que é o mesmo prazo contra o qual todos os meus projectos se desenham. Portanto não rejeito o longo prazo. Rejeito pensá-lo. Estou aliás cansado de pensar.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Suf menos...
Why do I fail myself (and others, even more - others!) so often? Falhar, não chegar lá começa a ser um vício. Faltar à palavra dada também...
Tortozendo, ermezinde...
Vamos então aprender? Vamos então crescer um pouquinho? Vamos? Ó pá, está bem, mas... aprender o quê e crescer para onde?
Difícil nestes tempos incertos é evitar desaprender, fugir aquela molha que tudo encolhe...
Linhas rectas? Não, eu sou assim tipo tortozendo, vou ficando torto em crescendo...
Difícil nestes tempos incertos é evitar desaprender, fugir aquela molha que tudo encolhe...
Linhas rectas? Não, eu sou assim tipo tortozendo, vou ficando torto em crescendo...
O meu braço direito.
A decisão está tomada, e nem me arrependerei muito. Vou dar o meu braço direito. Porque, não digo. A falta que me fará? Não muita. Abraçar pode-se abraçar com um só braço, se com força. E abraça-se muito bem com os olhos. Sou canhoto de nascimento, e o meu escrever contrariado é basicamente ilegível. Se bem treinado poderei transformar a minha letra esquerda, que sempre mantive, de escassa e imberbe em algo que se veja. Parece-me um bom negócio, e estamos em tempos de não ceder espaço ao que não é essencial: o meu braço direito.
Não te esqueças, usa-o bem. Ou então vende-o. Sei que conseguirás por ele um bom preço.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Uma ficção sediada em Alfena.
É tarde, não vem ninguém. Faz frio fora, deve ser isso. É tarde.
Estou sentado nesta minha cadeira de barbeiro a ler o jornal, a ler aquelas notícias de segunda linha que o dia ainda não me permitiu ler. O mundo está virado de pernas para o ar. O mundo não está bem.
Em outros tempos estaria não sentado mas de pé e a tosquiar alguém, e com um ou dois clientes sentados e à espera. Falaríamos sobre esse mundo que congela lá fora, distribuindo queixas. Pequenas queixas, nada que se pareça com os problemas de hoje. Toda uma barbearia tenho eu aqui, todo um espaço que afinal se aproxima a passos largos de ser um museu, um espaço arqueológico. A trinta metros o Paulo, conheci o pai, vi este miúdo crescer, intitula-se cabeleireiro. Eu não, sou só barbeiro. Deixa-me ver se me escapou alguma coisa no Desporto.
Antes a casa estava pintada de novo e não tinha este aspecto lúgubre. As couves e o resto do terreno à volta estavam bem cuidados. O anexo não parecia arruinado. Eu sei que dupliquei as portadas, foi-me exigido. Mas pintar a casa de novo, lavar a cara a isto, a este caixão antecipado… não vale a pena. Vejamos a necrologia.
A minha filha tem vergonha de mim. Trabalha num banco. Ela diz que manda, que é directora e muito amiga deste e daquele, que rápido subirá ainda mais… O marido é uma besta e não são felizes, eu sei. Mas, enfim, de que palavra me fui eu agora lembrar, onde está escrito que a felicidade é um direito, sequer um objectivo plausível… A minha filha não é feliz, mas esse não é o verdadeiro problema.
Ela tem um único filho. O pobre rapaz é maltratado por ela e ignorado pelo pai. Verdade seja dita que eu também não lhe acho grande piada, sempre constipado e com medo de tudo. Eu sei que esses medos todos são presente dela, mas que posso eu fazer… A minha mulher, a quem eu carinhosamente chamo de “Monstro”, acha que ele vai ser um grande homem. Para tal convinha começar a esticá-lo…
Não acredito que alguma vez a minha filha tenha contado a quem quer que seja lá no trabalho que o seu pai é barbeiro. Eu sei isto porque o miúdo já se descaiu mais do que uma vez sobre como “a mamã falou ontem com um ministro” e “amanhã se calhar vamos jantar com um secretário de estado que também é visconde”, ora eu sei que ela não conhece ninguém desse estilo. Compreendo um pouco que ela pretenda passar um pano sobre isto, Alfena, a barbearia, as tesouras, os caldinhos. Passar ou colocar sobre, ocultar, um banco deve ser um mundo de aparências, um teatro, um jogo de marionetas, e a minha filha nem é particularmente bonita, nem particularmente inteligente. Mas exagera. Tudo o que ela é a mim o deve. A mim… e um pouco ao “Monstro”. Não sei bem a quem foi ela buscar mais o dom para a mentira. Ah, pois, eu sou militar, ou melhor, sou um sargento, que é uma classe à parte. Os sargentos levam o que de melhor a vida militar oferece. Só é preciso mentir aos oficiais e dar-lhes a ilusão de que são eles que mandam… Terá sido em mim que ela foi buscar a vocação, portanto.
A minha filha tem-me parecido mais nervosa que o habitual. Os bancos não estarão bem, porque o país menos ainda. Não é ela quem o diz, é este jornal, que eu já li umas duas vezes. Acho que vou para cima. Hoje já não vem ninguém. Melhor que não a despeçam, pois antes até a podia empregar aqui na barbearia, a fazer umas unhas, cuidar duns pés. Agora não. Não há movimento.
O Continente sediado em Ardegães.
Por questões circulatórias terminei ontem no Continente do Maia Shopping a fazer compras. Continente que serve sobretudo a anexa cidade de Ermesinde. Já fiz muitas compras neste hipermercado, num século anterior. A galeria comercial que está anexa melhorou bastante, idem o espaço de alimentação. Se a Bertrand do Parque Nascente foi fechada, aqui subsiste. É possível que Ermesinde leia mais do que Rio Tinto. E depois, há Alfena…
Gosto de rever as listas de compras de uma incursão num Continente. Define o humor com que entras, o humor com que sais. Eu saí bem disposto. Não tinha entrado assim. Se sem muita gente, e à crise posso agradecer estas benesses, a circulação num hipermercado pode ser até divertida. Mais ainda num onde não eram feitas compras há anos.
A miúda que me atendeu na caixa chamava-se Sabina. Esqueço-me às vezes que hoje por hoje pareço um velho. Ao terceiro tom de voz “próprio-para-velhos” fechei a voz, paguei e vim-me embora.
Transcrevo:
“Sab. Confiança /Sab. Lavanda / Sab. Ach. Brito (x4) / Sab. Veleiro 125 / Sab. Hid. Coco / Sab. Chipre Flor / Iog. Crem. Swiss (x3) / Iog. Crem. Danone / Iog. Fram. Swiss / Compal Essencia / Doses Fr. Compal / Iog. Biol. Vrai /Med Espinafre / Gel. Magnum / Filetes Panados / Pizza 5 Minuti / Bijou 45g (x6) / Las. Mondas Bui /Broas Cast. 350g”
Sim, sabonetes. Todo um fetiche. Calma, não me caem das mãos... E broas Castelar. Uma pizza para micro-ondas. Sabina, miúda, bom feriado. Pelo que vejo lá fora o dia está frio mas agradável, bom para celebrações, comunhões, baptizados, etc.
Gosto de rever as listas de compras de uma incursão num Continente. Define o humor com que entras, o humor com que sais. Eu saí bem disposto. Não tinha entrado assim. Se sem muita gente, e à crise posso agradecer estas benesses, a circulação num hipermercado pode ser até divertida. Mais ainda num onde não eram feitas compras há anos.
A miúda que me atendeu na caixa chamava-se Sabina. Esqueço-me às vezes que hoje por hoje pareço um velho. Ao terceiro tom de voz “próprio-para-velhos” fechei a voz, paguei e vim-me embora.
Transcrevo:
“Sab. Confiança /Sab. Lavanda / Sab. Ach. Brito (x4) / Sab. Veleiro 125 / Sab. Hid. Coco / Sab. Chipre Flor / Iog. Crem. Swiss (x3) / Iog. Crem. Danone / Iog. Fram. Swiss / Compal Essencia / Doses Fr. Compal / Iog. Biol. Vrai /Med Espinafre / Gel. Magnum / Filetes Panados / Pizza 5 Minuti / Bijou 45g (x6) / Las. Mondas Bui /Broas Cast. 350g”
Sim, sabonetes. Todo um fetiche. Calma, não me caem das mãos... E broas Castelar. Uma pizza para micro-ondas. Sabina, miúda, bom feriado. Pelo que vejo lá fora o dia está frio mas agradável, bom para celebrações, comunhões, baptizados, etc.
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