terça-feira, 31 de agosto de 2010

A prateleira inferior.


A prateleira inferior é a das toalhas.


E aproveito para falar do toalhão que aqui não está porque a uso, tem pelo menos quarenta anos, acompanha-me e envolve-me depois do banho desde a minha infância. É muito grande, por preguiça não me levanto para o medir e vos contar, um apenas discreto desbotar das cores, creme e castanho, um esboroar dos remates ainda só por aqui e por ali, o tempo não o impede de ter aquela espessura que em muitos toalhões não está, a obrigada espessura.

Sair do banho é um momento pouco valorizado. Necessita o envoltório correcto. O toalhão de que falo é o mordomo que nunca tive, o jornal à lareira impossível e o clube exclusivo que nunca frequentarei. Os outros toalhões são apenas sucedâneos, procuro sempre que sejam ao menos o maiores possível, o momento de depois do banho é portanto para mim um momento de alguma delicadeza.

Até porque ali ao lado um espelho vigia atento.

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