Sempre se deseja ser especial, ser algo mais, ter, possuir um certificado de diferença, de mais-valia. Sempre. Cuido ser um dos maiores problemas da Humanidade saber quem passa estes certificados. O certo é que muito das relações humanas também por aqui passa: diz-me que eu sou especial e eu dir-te-ei que o és também. Acaba por não existir piolho a quem não apareça uma pulga a fornecer passe e andante para uma especialidade qualquer. Lembro-me das medicinas no Brasil: como especialistas eram todos mas todos os médicos, então criou-se a figura do "superespecialista"! Serei eu um "superespecialista"?
Não, nada. Nem pensar! De família... Que é como quem diz doméstico, bonacheirão, etc. De trazer por casa. Como? Vestido, pois claro, gente haverá que me veste e usa mas ajuiza e bem que não pode sair comigo à rua. Pelo contrário só dentro de casa e cortinas puxadas e persianas escorridas... Eu sei que também corre por aí a versão oposta.
Pronto, não há diplomas para afixar na parede, no correio não surgem os documentos a confirmar a minha real valia, a tal apregoada diferença, de tom, de toada, de toesa... enfim,não forcemos a rima.
Lembrando, ao menos não me tiraram o café do costume...
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